sábado, 15 de setembro de 2007

Cegueira

Você me olha, mas nem vê
e nem sabe o que acontece aqui dentro
Pra você sou abominável louco
que sonha sem parar
Eu nem sei o que se vem fazer neste mundo,
Mas parado aqui não vou ficar
olhando esse tal tempo passar
Não quero roupas alinhadas
e nem olhares cegos.
Vou além do que se chama estranheza
Sou o avesso do seu direito
Essa estupidez de ser
o que o outro quer que eu seja,
Não vou aceitar
Não vou mentir
Nem fingir só para agradar

Quero a verdade de um sorriso
Antes que eu aprenda
a ser o poste da minha esquina.

Romilda Santos

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