quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Girando

Nasci na alma que viaja
De tempo em tempo paro no porto
que de porto seguro nada tem
e não espero que seja também.

De vento em vento
Vou levando essa vida
O que eu amo aqui
Vou amar em outro lugar também
Ah! Eu que não sou besta
de não ir mais além

Eu que sei que essa tal vida passa voando
O melhor  é aproveitar
Cada um do seu jeito
Eu gosto do novo
Guardo na memoria o que foi bom
E escrevo outras histórias
Não quero fechar meu livro
com páginas em branco.

Na saia da vida
eu faço a roda
Ora canto
Ora choro
E se canto é para espantar tristeza
Se choro pode ser de alegria.

Romilda Santos
18/08/2016











terça-feira, 17 de maio de 2016

Por força da vida

Dobrou a esquina da vida
Percorreu seu curso
Sentou e tomou um café
A prosa boa e abraço forte tem gosto
de alma despida e passada a limpo
Na mesa tanta história
ainda por contar
ainda por viver
Mas em tempo
Levantou e foi se embora
Antes que o encanto acabe
E com a força que tem a vida
Trilhou um caminho e foi sentindo tanto
Esse sentimento raro e de pouco tato.
Qualquer hora a gente chora
De uma dor doída
De uma dor que tem alegria!
De uma força que se chama Vida!

Romilda Santos

domingo, 15 de maio de 2016

Na alma de poeta

A solidão da alma de poeta
Não é solidão que deixa só
A alma percorre espaço
O coração doí sem saber que dor que sente
Os olhos saem em busca do infinito
Fica ausente do seu corpo
Faz confuso quem não vê poesia 
Escreve e descreve o que não se vive
Sente a dor de amor que não é seu
Sente dores que nunca foi real

Ah essa coisa de poesia
Vai além do que se pode entender
Se o vento fala
Tem uma voz que cala
Nos olhos de segredo
Contam as horas de um século.
Solidão de poeta que não se sente só.
Solidão para ter no seu mundo
Felicidade sem barulho.


Romilda Santos

20 de Maio 2016

Como tenho feito nos últimos anos em maio, eu escrevo para falar do dia 20 de maio. 
Foi nesse dia que eu nasci e sempre que se aproxima eu fico sensível além do que já sou, mas sou da alegria e da comemoração, acredito que todo aniversário tem que ser celebrado, tem que olhar para o céu e agradecer a Deus pela vida!
Bom já faz algum tempo que nasci, não foi há 10 mil anos atrás, mas já faz tempo, e o tempo traz a graça e a beleza da maturidade.

Essa tal maturidade é que faz com que as coisas a sua volta sejam diferentes, faz ter pressa de viver a vida com toda a intensidade que ela pede, mas faz ter calma diante do inesperado e das coisas que saltam ao seu controle, traz consigo a sabedoria de saber ouvir, de dizer o que pensa, mas ensina calar na hora certa.

Essa maturidade ensina que não precisa dizer tudo, para todos e qualquer um, ensina que só diz o que é preciso ser dito para a pessoa certa e aprende que o silêncio tem respostas.
Aprende que a vida é feita de ciclos, que pessoas irão entrar na sua vida, umas permanecerão para sempre, outras não, serão como tempestades, mesmo aquelas tempestades que trazem a abonança do dia seguinte, vão passar e talvez fique apenas na memória, ou uma vaga lembrança de algo sem importância.

Outras pessoas perderemos de vista, mas serão mais que uma memória, serão parte de um encontro Divino e ficarão guardados no melhor lugar que se pode ter na alma.
A serenidade desta tal maturidade, tem pressa, mas não apressa o passo, ela anda cada passo no compasso, adormece como criança e acorda adulta.

Eu ando pensando na minha pressa de viver, eu ando pensando nas pessoas que conheci ao longo da minha caminhada, não tenho pensado em futuro, não ando mais recordando de alguns passados, mas tenho sentido o presente tão presente e com ele na palma da minha mão ao alcance dos meus olhos, vou dizendo baixinho, seja somente isso, PRESENTE, NADA MAIS QUE PRESENTE.

Faltam 05 dias para 20 de maio! Que ele venha com a graça, suavidade e a leveza de um vento na janela.
Que as flores deste dia sejam multicoloridas como o Girassol que brilha quando gira em torno do SOL.

Romilda Santos

terça-feira, 26 de abril de 2016

Flores

Sou dessas que os outros chamam de destemperadas, mas eu prefiro pensar que é tempero, mesmo que de vez em quando seja ardido demais.
Eu falo pelos cotovelos, falo o que penso, sem nenhum receio.
Sou de muitas vidas e histórias reais dentro de uma única existência, porque a monotonia e o obvio demais não cabe no meu número.
O medo até faz parte da minha vida, mas jamais sou dominada por ele, eu mostro logo que quem manda aqui sou eu, arrogância ou não, acho que entre ganhar e perder do medo, ainda estou na frente, essa corrida é minha.
Conheci tantas pessoas, algumas eu levo comigo para onde quer que eu vá em minha lembrança com riqueza de cada segundo, outras são passageiras e ficam paradas no passado, perco a memória e esqueço nomes.
Tem gente que cruza o caminho da gente e deixa a vida doce, outras tenho gosto de água com enxofre, dizem até que faz bem, mas é dose de engolir.
Outras pessoas não consigo ler, parecem um livro de páginas em branco.
Não sou a pessoa mais querida por todos e também não sou aquela que se desgosta, mas gostar de mim, exige muita personalidade e quem consegue compreender meu jeito, chega tão perto da minha alma, que ela fica completamente desnuda.
Fica transparente o olhar, um abraço me cala e meu sorriso fala.
Já pensei em me curar, curar dessas minhas manias de ser tão intensa, mas tenho medo de ficar chata, outro dia eu li em qualquer lugar, que “gente curada demais fica chata”.
Vivendo de uma loucura sem cura, vou escrevendo minhas letras neste livro chamado Vida!
Quero acordar amanhã e mesmo sem saber por quanto tempo eu fico por aqui, eu sei que vou fazer tudo do jeito que eu quiser fazer.
Eu gosto mesmo é de abrir a janela e ver as flores!

Romilda Santos

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Sinto Demasiado

Escondo os olhos meus
Para não contar tantos segredos
Se tem que ter um rumo para seguir a vida
Eu ando perdendo meu caminho
Espero que no meio eu encontre a linha
E possa andar como alguém que voa
Eu não consigo explicar por que sinto uma alma velha
Velha, porém não cansada
Alma que já andou tantas trilhas,
e a sabedoria escondida grita para quem não te escuta
Eu peço perdão, para aqueles que eu não consigo tocar em sentimentos;
Todo amor eu sinto, e fica oco um dia comum.
Parece poesia de solidão
Mas é Poesia de amor demais pela vida
Que anseia liberdade
Prisioneira de um tempo que consome.
Romilda Santos

sábado, 26 de março de 2016

Infinito

Eles dizem mais do que minha ousadia é capaz de fazer...
Tem muito mais sentimentos do que consigo demonstrar...
Tem um quê de indagações
Tem um querer infinito
Emoções e turbilhões
Desajuste na alma
Passo compassado
Hora regrada
Ponteiros do relógio ditando regras
Meus olhos querem o depois
E depois de tudo isso
O que tem?
Infinito....

Romilda Santos

Sem Entrelinhas

Fez se ausente da inexistência real
Da ausência, o presente,
Foi tocando na ponta dos dedos cada sentido
Fez a alma caminhar no cheiro de cada dia
Teve dia pulsando historia sem barulho da vida oca
Um tempo de saber que não se escreve uma vida com entrelinhas.

Romilda Santos