quarta-feira, 15 de julho de 2015

Paulo coelho escreveu:
"Na Margem do Rio Pietra eu sentei e chorei"
Eu escrevo o que fiz de fato nesta manhã.
Na beira da ESTRADA eu sentei e chorei; não isso não é um romance.
Em mais uma das minhas viagens solitárias onde os pensamentos ficam ainda mais latentes, parecem que sentam no banco do passageiro e olham diretamente para nós e falam em voz alta.
Como sempre eu tenho um lugar para fazer uma parada, tomar um café para seguir em frente, hoje no mesmo lugar enquanto parava e tentava abandonar meus pensamentos pelo meio da estrada, eu realmente não estava querendo a companhia deles.
Mas o que eu ouvi ao entrar na lanchonete em uma televisão ligada, uma noticia que não gosto de ouvir, tentei não prestar atenção e fui embora fingindo não ouvir, e tudo o que eu consegui foi ter meus pensamentos de volta como companhia e dessa vez pareciam fazer ainda mais barulho na minha cabeça.
Então eu sentei e chorei:
Chorei a infância daqueles que eu nunca conheci e que são maltratados, chorei ausência de uma família, chorei a falta de amor de tantos, chorei por aqueles que nos rodeiam e que parecem não saber que a alma e o espirito é que importam nesta vida.
Chorei algumas dores escondidas e acalentadas ao longo da minha caminhada por essa vida.
Às vezes quando a gente chora é para sentir a alma lavada e de cara nova vamos seguindo em frente.
Hoje eu continuei minha estrada depois do choro, cheguei mais tarde, mas sem sentir nenhum atraso, às vezes é preciso parar, eu parei e depois segui, mas o coração ainda não estava leve, pedi a Deus que cada lágrima no meio as orações que eu fiz, sejam ouvidas.
Sei que tenho sentimentos que necessitam de explosão, agora eu escrevo com a sensação que no final, eu volte para mim com pensamentos em busca de compreensão para essa minha alma exacerbada.
Que eu aprenda e saiba o destino de cada pensamento, que eu saiba o que fazer com as inquietações que estão sempre batendo na soleira da minha porta e às vezes grita alto.
Eu penso que devemos passar por essa vida e deixar nossas marcas, mas que sejam marcas que possam acrescentar o que é bom na vida do outro.
Eu tento fazer sempre os meus dias sejam alegres e na maioria das vezes sou extremamente alegre, esse texto parece triste, mas triste não sou, apenas questiono cada passo que eu dou e chorar não é sempre ruim.
No final somos todos humanos, ainda que muitos não saibam disso.


Romilda Santos

domingo, 5 de julho de 2015

Todo dia



Todo dia a gente percebe as pessoas
Todo dia a gente muda de roupa e vai para o trabalho
Todo dia não é qualquer dia
Todo dia é dia de mudar o prumo
Não é todo dia que a gente sente que tem outro dia...



Romilda Santos

Meus Passos


De dia os meus passos não são meus,
À noite ando pelas estrelinhas da poesia,
Ai que vem meu sossego e acontece a mágica do meu encontro comigo e me abraço apertado desapertando o nó da garganta.
É assim que sinto a vida vai fazendo sentido.


Romilda Santos