Não que eu seja antissocial,
mas é bem verdade que muitas vezes prefiro ficar só, talvez eu tenha preguiça
de ficar em uma roda de pessoas onde cada um tenta falar de si um pouco mais
alto ou no tom que agrade um pouco mais, na luta incansável da aceitação
social.
Não é que eu não goste das
pessoas, eu gosto de pessoas, mas muitas vezes eu prefiro ficar só e caminhar
na minha liberdade, sem ter que dizer nada, mas sentir, apenas sentir essa alma
exacerbada.
Não é que eu não goste de
conversar, eu até falo demais, mas às vezes prefiro calar.
Se eu pudesse eu ficaria apenas a escrever e se alguém chegar até mim pelo que escrevo, vai saber bem mais de mim, sem nunca sequer ter ouvido a minha voz.
As letras dos meus dedos têm mais segredos do que se pode falar.
Se eu pudesse eu ficaria apenas a escrever e se alguém chegar até mim pelo que escrevo, vai saber bem mais de mim, sem nunca sequer ter ouvido a minha voz.
As letras dos meus dedos têm mais segredos do que se pode falar.
Romilda Santos