quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Minha Literatura

Andei por ai procurando um livro para ler, queria ler sobre a esperança, sobre a felicidade e até sobre a tristeza que de vez em quando insiste em ser companheira da gente.

Procurei nas velhas estantes do meu passado, queria ler qualquer frase antiga ou relembrar qualquer fato passado que fizesse entender esse presente que não sei viver, e que só me faz pensar no futuro que não conheço. Queria ler sobre esses sentimentos tão estranhos, tão íntimos e que sãos meus velhos conhecidos.

Eu tentei pensar em levar uma vida que todos dizem ser "normal". Levantar todos os dias e ir para o trabalho e tentar um amor convencional, daqueles que dormem juntos e que chamam de casamento.

Depois vi que eu jamais poderia acordar todos os dias com a mesma pessoa; não que eu queira acordar todos os dias com alguém diferente; mas eu preciso de amor que de vez em quando me faça submissa quando eu disser: "Agora eu quero" ... Mas que me deixe voar no instante seguinte...

Eu quero um amor que me faça pulsar o estômago, quero que ele seja fiel, mas não quero que fique para sempre comigo, pois sei que falta de novidade vai me cansar e a monotonia vai levar o meu amor para outro canto qualquer.

Quero amar até quando eu ainda for capaz de sentir saudade.
Mas sei que no instante que esse amor for possível, eu já estarei de partida também.
Por isso amo intensamente quando o amor pede para amar; porque sei que logo isso tudo passa, ainda que meu jeito não seja compreendido.

Talvez eu encontre um livro que me conte sobre esse meu eu, mas talvez eu não encontre. Então vou escrevendo e quem sabe na minha literatura e com essas palavras simples eu possa compreender as minhas estranhezas, mas já aprendi a respeitar as "loucuras" desse meu coração.

Ainda que pareça impossível é desse jeito que sou completamente feliz!!!
E como eu já disse em outra poesia: "Tenho asas na alma..."
E voando por essa vida sem limites deixo esse vento assoprar seja qual for à direção, mas trazer o cheiro de primavera todos os dias.

Assim que encontro Deus, e é assim que vejo que essa vida não é para se viver de qualquer jeito, são essas emoções que me fazem pulsar a cada manhã!!

Eu já disse EU TE AMO???
Por favor entenda, é assim que sou capaz de amar.

Romilda Santos
15/09/2008 – 12:35

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Sei?

Não escrevo poemas
para ser poeta
Escrevo para tentar entender
o que já sei do que não sei.

O que é?


Romilda Santos

Talvez

As turbulências é que me levam
aos opostos e aos extremos

É no mais alto pico que respiro liberdade
É na descida sem freios que ultrapasso o que dizem ser
"parada obrigatória"

Já sentei e tentei observar a vida passando
e no silêncio sem respostas vieram desassossegos
e de novo me fizeram voar na direção contrária do vento

Sou eu querendo saber de mim
Talvez eu mesma nunca saiba
Talvez eu fique
Mas talvez eu nunca esteja
e nunca seja o que desejo ser

Talvez o êxtase não me seja suficiente...
Preciso de sonhos
Preciso de vôos
Os impossíveis me fazem pulsar.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Trama

Sou uma trama de mim mesma
que ama sem limite
que anda na corda bamba
caminha ao lado do abismo
e confude com paraíso.


Romilda Santos

terça-feira, 13 de maio de 2008

Pedaço

A parte sua que quero
é o pedaço que você não tem para me dar
Ainda assim quero que venha no fim da tarde
Deite mansamente sobre meus lençois

E não fale comigo
Fique ali mesmo no silêncio
Não quebre a magia com seu tom de voz
dizendo que "não pode".
Não interessa saber
Me basta viver.

Não fique por muito tempo
Vá antes que deixe ser encanto

Se não puder entender
Apenas sinta
O que eu posso ser sem nada dizer.


Romilda Santos

Ai de mim

Ai de mim se não tomo agora
as rédeas da minha vida

Tantos devaneios e essa voz
que fala e nada diz.

Ai de mim se não acho a porta
me desespero e cometo absurdo

Eu bem que quero esse engano
mas bem sei que é o caminho do fim.

Ai de mim
que já não sei mais de mim.


Romilda Santos

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Livre

Se eu fugir e não deixar pistas
Saibas que não foi por falta de amor
Hoje sei que minha veia de artista
Não me deixa ficar
Acordo aqui hoje
Mas amanhã posso estar em outro lugar

De tempos em tempos
Mudo de rumo
Mudo a direção do meu vento
Sou assim
Não sei parar
E vivendo deste jeito
Vou sendo feliz em cada tempo
Em cada lugar
Vou seguindo meu caminho

Quando te vi
Foi amor verdadeiro o que senti
Penso que você também sentiu amor por mim
No silêncio do olhar
No abraço mudo
Tanta coisa foi dita

E eu de novo fugi
Daquilo que não podia ser
Porque assim é que nos convém
E eu vou para outros lugares
Vivendo aqui e ali
As diversas coisas que a vida oferece
Preenchendo sempre esse vazio
Esteja eu onde estiver
No sul ou norte deste mundo
Vou saber sempre
Que o amor mais bonito
É aquele que liberta.



Romilda Santos