domingo, 10 de janeiro de 2010

Olhe-me

Ainda pouco tirei um cochilo
Fez muito silêncio
por instantes pude ouvir
o pisar leve nas nuvens
sentei ao alto para ouvir
essa canção que tocou
fazendo ninar

Pensei num verso para descrever
Pensei em falar de amor
Mas o amor anda banalizado
como qualquer "bom dia"

Depois quis fazer uma prece
para chegar até Deus
e ao Homens fazer entender

Eu não vou gritar
melhor nada dizer
muitos não podem entender
que calado se diz muito.

SILÊNCIO

Reparem, olhe para dentro de si
Procure nos meus olhos
o que teimo em dizer

SILÊNCIO
Olho-me de novo...

Romilda Santos
01/10/2010

Vivendo

É que dou asas a minha imaginação
este meu vôo não tem tempo de acabar
não sou de uma vida comum
ser igual a tudo e a todos
não me convence que ser feliz é isso

Ainda ontem senti o sangue ferver
pela emoção do que nunca vi
meu amigo me disse
que às vezes é melhor viver na
vidinha de todo dia
o mundo por olhos tão diferentes
pode ferir muitos

Mas e matar tanto pulsar em mim
é ferida aberta em todo tempo
um dia ainda acho esse caminho
de encontros sem desencontros
de tantos pensares..

E hoje o que faço?
Saio já desta cama
ao abrir a porta do meu dia
faço um almoço de todo dia
E não perco meu sonho de vista
continuo voando
Ando vivendo aqui no meu mundo.

Romilda Santos
11/01/2010