segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Sou assim

Gosto do que é leve
Gosto do gosto de liberdade e de campos em flores
Gosto da pureza que existe em uma criañça
Não gosto de falar mal do outro

Prefiro entender que somos pessoas diferentes
preciso respeitar o outro seja qual for a forma que ele vive
Se é certo ou errado
Deus somente Deus pode julgar
Sou do Tipo que se ofente ao ouvir um palvraão
Sou do Tipo que não gosta de ver filmes sangrentos

Quero sorrir ao ouvir palavras de carinho
Quero brincar como se brinca uma inocente criança

É brutal demais os ringues que as pessoas transforma a vida
Falam mal do vizinho
Falam mal da família
Esquecem de dizer "BOM DIA"
"COMO VAI VOCÊ"

Quero ser leve
Quer ser pluma

Que da minha boca não possa jamais sair palavras pesadas
Gosto da vida assim desse jeito poético

Eu sei que dias podem ser tristes
Mas que nos dias de tristeza
eu saiba que amanhã poderá ser sempre melhor
E que eu aprenda sempre a sorrir de novo
Que este sorriso seja leve como a bruma da manhã...

Que eu nunca perca a capacidade de me surpreender
Que eu nunca perca a capacidade de me emocionar
De sorrir...
De amarrr(três "R") *

Romilda Santos

* Profeta Gentileza dizia que Amor com um R só era amor material
mas que amorr com três R era: um R do Pai, um R do filho e um R do Espirito Santo.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Minha Verdade

Quisera eu me fazer de surda, assim talvez eu engula essa lingua e se então fico muda;
Morro asfixiada com a voz do meu pensamento...

Romilda Santos

domingo, 4 de julho de 2010

Julieta II

Julieta, ontem, dormiu ainda cedo. O sono era pesado. Ela dormiu "como um anjo". Acordou cedo. E, enquanto caminhava rumo ao seu trabalho, pisava leve. Pensou em como era bom ter o coração tranquilo. Era como se ela pudesse olhar para seu interior e ver o coração, com dentes bem brancos, dando-lhe um sorriso largo.

Ela estava até meio assustada com esse sentimento de liberdade, que invadiu seu ser, de forma tão rápida. Era como se tivesse mesmo asas, e estivesse voando num plano terreno de felicidade plena.

Ela ainda pensa no "Romeu", mas, é um pensamento puro, sem raiva. Engraçado, porque ela não sente saudade, não sente desejo, nem se preocupa com o que ele possa estar fazendo, se já tem outra amada, se saiu por ai à procura de outros encontros.
Nada, absolutamente nada importa.

O que Julieta sente neste momento é que existia nela um veneno, que a consumiu por muito tempo; que ela estava a beira da morte e foi resgatada, por alguma coisa inexplicável, que a faz andar literalmente nas nuvens.

Julieta não tem pressa de encontrar outro Romeu. Muito tranquila, sabe que a calma e o tempo trão, no momento certo, outro amor.

O amor e o ódio que Julieta sentiu pelo "Romeu", quando ele disse que não a amava, foram dissipados pelos ares, muito antes do que ela mesma esperava. Parece que o feitiço foi quebrado e o encanto daquele amor também.

Ela pensa que talvez tenham sido tantas dores sofridas, tantas mágoas, que o coração, por conta própria, resolveu se libertar, sem que ela pudesse perceber.

A dor foi embora.
Julieta está livre, sem medos.

Romilda Santos

Julieta I

Julieta sobe as escadas, no escuro, e vai pensando no que fizera da sua vida nos últimos anos.
Pensa no seu amado, que agora já vira para o canto da cama e dorme tranquilamente. Dorme como um anjo e aliviado por ter tirado-lhe um peso das costas.
Nesta noite, em que Romeu, que não era "Romeu" disse para Julieta que ela fosse embora, que ele já estava à espera de outra amada, a crise e a dor, que ela tanto tinha medo, veram afinal.
Sozinha pelos cantos de sua casa, Julieta sente a a explosão da dua dor solitária. Chora, mas não soluça. Ninguém pode ouvir seus lamentos. Engole seco. Coloca a cabeça no travesseiro e procura o sono em vão. Ela, que tanto fizera para que este momento não chegasse, estava atravessando do amor para seu inferno de dor.
Julieta não pensou em morrer, mesmo sendo sufocada por tamanha desilusão.
O dia amanhece, ela sente uma clareza que quase anula todo o amor que sente, e nem entende que espécie é essa de liberdade que se alcança nesse instante. Ela tem medo, mas se sente grande, maior que ela mesma. Sente-se capaz de atravesar todo o deserto, que ela tem certeza que há,e, também, sabe que ainda está por vir. Por mais profunda que seja a sua dor, ela sente que o verdadeiro amor ainda não chegou.
Do "Romeu", talvez saudade...
Julieta está triste agora...
Mas, ela sabe que será mais feliz depois.

Romilda Santos

terça-feira, 30 de março de 2010

Regrando

Vida que me ensina ser "polida"
andando em corda firme
cada passo calculado
tantas palavras caladas
e ditas do lado direito
e eu que não viro mais a mesa
será que aprendi a ser outra
ou estou vivendo de anestesia?

Procuro palavras para
descrever este sossego da minha alma
e parecem terem se escondido nem sei onde
ou será que me esqueci de como
monta na rima a vida
ou agora sou desconhecida de mim mesma
que deixei os versos

Não sei onde entendi ou aprendi
as regras dessa tal vida estável
Um suspiro...
Lá vem de novo o pensamento
Não ultrapasse o limite.

Romilda Santos

quarta-feira, 3 de março de 2010

Surdez

Oh Deus que me fizeste assim
com tanta esperança que
promete
engana
e louca que sou
continuo seguindo
perdendo
encontrando
acreditando

Não mintas mais
não me abandone neste porto
Estou olhando depois da ponte
do lado de cá tem coragem que diz
Fique
Siga

Não me contes mais
que balançou na corda bamba
não posso escutar
Fico surda e fico em paz
Ignoro e sou Feliz
Esqueço
Antes assim
Porque se ouço este tal orgulho
envenenado morre o amor

Nesta surdez instalada
tem amor fazendo festa
aqui neste coração!

Romilda Santos
03/03/2010

domingo, 10 de janeiro de 2010

Olhe-me

Ainda pouco tirei um cochilo
Fez muito silêncio
por instantes pude ouvir
o pisar leve nas nuvens
sentei ao alto para ouvir
essa canção que tocou
fazendo ninar

Pensei num verso para descrever
Pensei em falar de amor
Mas o amor anda banalizado
como qualquer "bom dia"

Depois quis fazer uma prece
para chegar até Deus
e ao Homens fazer entender

Eu não vou gritar
melhor nada dizer
muitos não podem entender
que calado se diz muito.

SILÊNCIO

Reparem, olhe para dentro de si
Procure nos meus olhos
o que teimo em dizer

SILÊNCIO
Olho-me de novo...

Romilda Santos
01/10/2010

Vivendo

É que dou asas a minha imaginação
este meu vôo não tem tempo de acabar
não sou de uma vida comum
ser igual a tudo e a todos
não me convence que ser feliz é isso

Ainda ontem senti o sangue ferver
pela emoção do que nunca vi
meu amigo me disse
que às vezes é melhor viver na
vidinha de todo dia
o mundo por olhos tão diferentes
pode ferir muitos

Mas e matar tanto pulsar em mim
é ferida aberta em todo tempo
um dia ainda acho esse caminho
de encontros sem desencontros
de tantos pensares..

E hoje o que faço?
Saio já desta cama
ao abrir a porta do meu dia
faço um almoço de todo dia
E não perco meu sonho de vista
continuo voando
Ando vivendo aqui no meu mundo.

Romilda Santos
11/01/2010