domingo, 22 de fevereiro de 2009

É amor

É amor


Outro dia minha alma ficou amarrotada
Em algumas partes rasgos que pareciam não ter conserto
A guerreira ficou sem espada
O cavaleiro sem cavalo
Os pés pesados sem vontadade caminhar
Sinto que amor é isso meio que morrer de repente
e depois como um milagre
ressugir do nada a força que parecia ter ido embora


E o ferro queimando em brasa vai passando o corpo
com a beleza de roupa nova
E a velha máquina do tempo faz remendos perfeitos
no coração do amor...
E as cicatrizes, fundas cicatrizes não estão fechadas
mas elas nem doem mais

O olhar da compreensão fecha o abismo
Sonho em ficar junto qualquer dia, sem dor, sem mágoa...
Recuo e desisto...
Deixo a liberdade desenhar no infinito
as linhas de um novo rumo
Penso que amor não precisa
de muita explicação
e se não estiver junto
ainda assim é amor...
E amor de verdade fica eternizado.



Romilda Santos
22/02/2009

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Qualquer dia eu volto

Qualquer dia eu volto


Andei esquecendo de mim
Andei vivendo as loucuras
dos dias sem tempo para ser eu...

Andei falando a língua de tantos
esquecendo de falar a minha
Me desliguei da minha alma
Deixei um coração de lado
Parei de parar no pôr do sol
dias e noites parecendo um só
Que dia é hoje?
Nossa já faz tempo que nem sei de mim!

Estou sem ar...
E a vida seguindo sem vida
Deu um grito desesperado me chamando de volta
Na dor física vi a alma da poeta que chora
com saudade de verdade da minha realidade
Daqueles dias que passarinho canta na janela
e de chuva que cai no telhado fazendo canção de amor
Li nos versos antigos uma vida que transpirava encanto

Andei pensando
que vida assim nem é vida
Viver assim é ser meia metade de mim
Já que preciso ser inteira para ser feliz
Andei pensando que qualquer hora
eu volto para mim mesma.


Romilda Santos

02/02/2009