quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Hora do talvez


Toda manhã cantando sem cessar
Pára em frente a janela
e num balançar de sua cabeça pequena
tenta conversar comigo olhando nos meus olhos

É tão lindo e tão estranho
não compreendo o recado que veio trazer
Fico imovél, sem respirar
te olho fixamente e pergunto
Que queres por aqui?

Antes que eu possa compreender
bate asas e voa na sua liberdade
pousando em outro galho
cantando novo canto
 me esquece num segundo
Perco-te de vista
Procuro sem sucesso pela janela
Quero ver-te novamente
e entender o que tem para me dizer

Segue então
Canta sua felicidade
Voa sem limites
E eu fico aqui dentro da minha gaiola
esperando a hora do talvez...


Romilda Santos
02/11/2011

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